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A importância da neuroaprendizagem

31 de julho de 2018 //

O SUPERA Neuroeducação entrevistou essa semana Solange Jacob, Diretora Pedagógica Nacional do SUPERA e mestranda em Processos Cognitivos pela Universidade de Validolid, Espanha, sobre neuroaprendizagem:

Como podemos definir o conceito de neuroaprendizagem?

A Neuroaprendizagem é a aprendizagem baseada no cérebro, aos assuntos ligados à cognição: funções executivas como a linguagem, memória de trabalho, flexibilidade mental, controle inibitório, memória, tomada de decisão, foco atencional, abstração, planejar e coordenar comportamentos, capacidade empática, capacidade de se automonitorar, entre outros.

Quais regiões do cérebro são estimuladas durante o processo de neuroaprendizagem? Como cada uma delas age nesse momento?

Para aprender, são necessárias inúmeras conexões neurais em que o cérebro funciona como uma orquestra para acessar a informação que é estocada em múltiplas áreas.

A múltipla memória e múltiplas vias neuronais são simultaneamente acionadas para dar significado às novas informações, em que o trabalho de cada parte deve ser visto como um todo integrado e harmonioso.

A aprendizagem é mente e corpo: movimento, alimentação, ciclos de atenção e aprendizagem construída quimicamente por meio da plasticidade cerebral (a capacidade do cérebro de modificar seu funcionamento, se reorganizar estruturalmente e se adaptar em resposta à experiência e a estímulos repetidos).

O que determina quais áreas serão mais ou menos acionadas são as experiências do ambiente, especialmente as situações que refletem o contexto da vida real, de forma que a informação nova se “ancore” na compreensão anterior.

Os diferentes tipos de aprendizagem estão relacionados com tipos de memórias. Para isso, usamos diferentes áreas anatômicas dos hemisférios cerebrais: o córtex frontal (pensamento, raciocínio, juízo crítico, percepção, atenção) o hipocampo (memória) o sistema límbico (emoções e memória) e o mesencéfalo (visão audição, movimentos oculares e o sistema motor).

Esse conceito pode ser considerado “novo”? Como pedagogos, professores e outros profissionais de educação podem fazer para adaptar seu trabalho tradicional aos conceitos de neuroaprendizagem?

Não é novo, mas são recentes as suas implicações para a aprendizagem.

Para os profissionais da educação se adaptarem, é preciso organizar estratégias de ensino e aprendizagem para a totalidade do cérebro, de maneira a potencializar de modo integrado e harmonioso as suas potencialidades.

Aprender é a capacidade natural do cérebro de integrar informações de uma maneira que permita que o cérebro extraia padrões delas. Ou seja, organizar e categorizar as informações. Isto se faz em conjunto: cérebro, comportamento, ambiente rico em experiências e tempo e oportunidade para que os alunos compreendam suas experiências e se beneficiem de um aprendizado de qualidade.

Aprender é processar a informação de tal forma que ao se retomar ao “objeto” de estudo, seja feito um esforço menor do que o inicial. Desta maneira, criam-se vias expressas neuronais para o aprendizado (o aumento da memória de reconhecimento – quando um assunto é reconhecido por quando é repetido – resulta da redução do processo e traz agilidade ao pensamento).

O cérebro precisa tanto de estabilidade quanto de desafio, isto significa que o ambiente da aprendizagem precisa fornecer estabilidade e familiaridade, por isso variedade, novidade e grau de desafio crescente devem ser os princípios de um ambiente de aprendizagem motivador, dinâmico e criativo.

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O cérebro precisa do que é familiar e automaticamente o registra, ao mesmo tempo em que procura estímulos adicionais do ambiente e reage a eles. A circuitaria neuronal opera simultaneamente e interage com os mais variados canais de entrada da informação.

Existem dicas práticas para aplicar a neuroaprendizagem em nosso dia a dia? Quais seriam elas?

Como aprender significa modificar-se, é preciso criar condições favoráveis ao aprendizado ancoradas sobretudo em emoções.

m evento carregado de emoção provoca mudanças significativas no cérebro, de forma que planejar intencionalmente momentos de aprendizagem oferece possibilidades de treinar as funções executivas e reunir os materiais para criar o tipo de ambiente de conhecimento natural que permite que os alunos façam o maior número possível de conexões. Significa que a aprendizagem é orientada para a atividade de modo a oferecer mais possibilidades de aprender a aprender.

O cérebro é social, desenvolve-se melhor em contato com outros cérebros. O cérebro se modifica estruturalmente como resultado da experiência. A questão é promover um ambiente de boas experiências com complexidade suficientes para provocar mudanças cognitivas na estrutura do cérebro.

Promover “experiências complexas” significa promover situações em que seja possível experimentar tentativas e aproximações ao gerar hipóteses e validação de evidências que estimulam o cérebro a perceber, detectar e a gerar padrões quando se testam as hipóteses levantadas.

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