Conhecendo o neurônio
A neurocientista Dra Carla Tieppo está dando um curso para a rede de franquias SUPERA com o tema “Por que levar a neurociência para a sala de aula”. Na primeira aula, realizada na segunda-feira 15 de setembro, ela falou sobre a anatomia do neurônio.
É fascinante perceber como esta estrutura tão pequena do nosso corpo tem importância tão estendida e relevante sobre nossas ações, reações, movimentos, pensamentos e tudo o que experimentamos ao longo da vida.
Pensando nisso, é curioso observar que o coração e o pulmão sejam sempre citados como os principais órgãos do corpo. Raramente ouvimos dizer que o cérebro, com seus milhões de neurônios, é o mais importante.
Entretanto, o neurônio é a célula responsável por receber estímulos, processar informações e levar respostas ao ambiente externo. É pela ação dos neurônios que nos adaptamos às mais diversas situações. No final das contas, são eles quem determinam nosso comportamento.
História e anatomia
Segundo a Dra Carla Tieppo, os neurônios começaram a ser estudados em 1902, ou seja, já são mais de 100 anos de pesquisas sobre esta estrutura do sistema nervoso que –podemos dizer- rege todas as nossas ações, sensações e emoções.
Os neurônios são formados basicamente por três partes–dendritos, corpo e axônios – cada uma delas com uma função específica. Para quem já esqueceu as aulas básicas de biologia, vamos recapitular:
- Dendritos – são as terminações dos neurônios que recebem os estímulos, que captam informações externas.
- Corpo – é a região do neurônio onde ficam o núcleo e o nucléolo. Ela é a responsável por processar as informações captadas pelos dendritos.
- Axônios – são as terminações dos neurônios que emitem (entregam) as informações processadas no corpo.
Existem diversos tipos de neurônios e um único neurônio pode estar ligado, e recebendo informações, de milhares de outros neurônios. O neurônio, quando recebe informações de vários outros neurônios ao mesmo tempo, tem a capacidade de “processar’ as informações e emitir uma única resposta. Dependendo de suas características anatômicas, os neurônios podem ser classificados de “interneurônios”, “neurônios eferentes” e “neurônios aferentes”.
Curiosidades
Dra Carla Tieppo esclareceu na aula de segunda-feira que nós não usamos apenas 10% do nosso cérebro, como se pensou durante muito tempo. Os avanços da ciência já provaram que nós usamos todo o cérebro na realização das nossas tarefas.
Isto é interessante para quem gosta de fazer exercícios para o cérebro, porque sabemos que podemos aumentar – e muito- nossa capacidade cognitiva. Os exercícios para o cérebro ativam todas as regiões do cérebro, melhorando a memória, a criatividade, o raciocínio lógico, atenção, visão espacial e habilidades de linguagem.
Outra curiosidade: você sabe qual é o maior neurônio do nosso corpo? O maior neurônio é do tamanho do seu corpo, vai da cabeça aos pés.
Durante a aula, Carla Tieppo também falou um pouco sobre como cuidar bem da saúde dos neurônios, ou da saúde do cérebro como um todo. Segundo ela, praticar a atividade física é uma forma de ativar os neurônios, de fazê-los trabalhar, tornando-os cada vez mais aptos a realizarem suas funções de receber, processar e transmitir informações
Os exercícios para o cérebro também ativam os neurônios, aumentando a capacidade de processamento do nosso cérebro.
Por que usar a neurociência em sala de aula?
A aula de segunda-feira foi a primeira do curso da Dra Carla à rede de educadores SUPERA e você pode acompanhar nosso site para aprender mais sobre isso. O fato é que o foco do aprendizado está na capacidade do aluno, ou na capacidade que o cérebro do aluno tem, para receber os conteúdos das disciplinas e conseguir processá-los. A atenção, a memória e o raciocínio, funções cognitivas determinantes no processo de aprendizagem, podem ser trabalhados e desenvolvidas por estímulos, assim como propõe a metodologia SUPERA.
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