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5 Mitos sobre a educação

24 de abril de 2015 //

A cada três anos, escolas do ensino fundamental realizam o teste do PISA (sigla inglesa para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), cujo objetivo é avaliar os sistemas educacionais no mundo por meio de provas de matemática, ciências e leitura.

De acordo com o último resultado divulgado em 2013, o Brasil ocupa a posição 55ª no ranking de leitura, 58ª em matemática e 59ª em ciências.

Segundo o idealizador deste exame, Andreas Schleicher, além de revelar o nível de desempenho das instituições de ensino, o PISA traz indicadores e informação que desmistificam alguns conceitos de educação.

É importante estar atento a isto para mudar a educação hoje e garantir um desenvolvimento cognitivo que ensine o aluno a pensar, a buscar soluções, a ter agilidade de raciocínio e, sobretudo, vontade de aprender.

Há um número cada vez maior de métodos inovadores e criativos dedicados ao desenvolvimento cognitivo, mas é preciso integrá-los a um novo modo de olhar a educação, através da análise apurada do sistema atual. Para desfazer mitos, é preciso conhecê-los. Vamos a eles:

1. Salas menores melhoram a qualidade do ensino

Os resultados do PISA mostraram que não há relação entre o tamanho da classe e o aprendizado. Ao contrário, os sistemas educacionais que se destacaram na avaliação tendem a dar mais prioridade à didática dos professores do que ao tamanho da classe.

2. Globalização tem impacto sobre os conteúdos

Muitos países estão expandindo currículos escolares para incluir novas disciplinas. A tendência mais recente, reforçada pela crise financeira, foi ensinar finanças aos estudantes. Porém, os resultados do PISA deixam claro que não há relação entre o grau de educação financeira e a competência do estudante no assunto.
De maneira geral, nos sistemas educacionais de melhor desempenho, o currículo não é amplo e raso. Ele tende a ser rigoroso, com poucas matérias que são bem ensinadas e com grande profundidade.

3. Alunos de baixa renda fracassam

De acordo com os dados do PISA, 10% dos estudantes de 15 anos de idade mais pobres em Xangai, na China, sabem mais matemática do que 10% dos estudantes privilegiados da Europa e dos EUA.
Sistemas de educação em que estudantes mais pobres são bem sucedidos moderam a desigualdade social. Eles colocam os professores mais talentosos em salas de aula mais difíceis e os diretores mais capazes para as escolas mais pobres, desafiando os estudantes com padrões altos e um ensino excelente.

4. Questão financeira

O mundo não está mais dividido entre países ricos e bem educados e países pobres e mal educados. O sucesso em sistemas educacionais não depende mais de quanto dinheiro é gasto e, sim, de como o dinheiro é gasto.
Por exemplo, aos 15 anos de idade, estudantes eslovacos apresentam uma média de desempenho similar à de um estudante americano da mesma idade. No entanto, a Eslováquia gasta cerca de US$ 53.000 para educar cada estudante dos 6 aos 15 anos de idade, enquanto os Estados Unidos gastam mais de US$ 115.000 por estudante.

5. Sistemas únicos de educação X sistemas seletivos

Parece haver um consenso entre educadores de que sistemas educacionais não seletivos, que oferecem um mesmo programa de ensino para todos os estudantes, são a opção mais justa e igualitária. E que sistemas onde alunos aparentemente mais inteligentes são selecionados para frequentar escolas com programas diferenciados oferecem melhor qualidade e excelência de resultados.

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No entanto, comparações internacionais mostram que não há incompatibilidade entre qualidade do aprendizado e igualdade. Os sistemas educacionais que apresentam melhores resultados combinam os dois modelos.

Estes são apenas alguns dos mitos que conhecemos sobre nossos sistemas de educação. Ainda precisamos estudar muito. Mas a neurociência é um ramo de estudo que tem contribuído muito para o entendimento do processo de aprendizagem e, consequentemente, encontrado caminhos para viabilizar o desenvolvimento cognitivo. Se você quer conhecer mais sobre este assunto, acompanhe o Portal SUPERA para Escolas e assine nossa Newsletter. Clique aqui

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