Design thinking: o que é e qual a importância no ensino

Ensinar de forma eficiente e interessante não é tarefa fácil, ainda mais quando os aprendizes são crianças ou adolescentes. Prender a atenção, em sala de aula, dos jovens do século XXI exige esforço. Por isso é importante que os educadores estejam sempre atualizados a respeito de novas metodologias de ensino ou formas de transmissão do conhecimento capazes de tornar o processo de aprendizagem mais interessante para os alunos.

E é justamente em prol da propagação do conhecimento de maneira mais atraente que se tem como opção aplicar nas escolas a metodologia chamada “design thinking“. 

Vamos saber mais sobre ela? 

O que é design thinking e qual a importância no ensino

Essa metodologia de ensino baseia-se no uso da prática e dos elementos visuais para facilitar a assimilação conteúdos.

Dentre as principais premissas do design thinking está a busca por solução de problemas através da pesquisa e do trabalho colaborativo, sendo que o diferencial dessa abordagem é trabalhar visando o desenvolvimento de protótipos.

Tudo isso tira o estudante do papel passivo, de apenas receptor de informações, e o transforma em participante ativo, de formador do próprio conhecimento. É uma forma de adequar a educação às necessidades dos jovens do século XXI, e despertar a atenção deles e o interesse pela aquisição do conhecimento.   

Em sala de aula, o ponto de partida para a utilização do design thinking é a escolha de um problema real.

O manual “Design thinking para educadores” é uma tradução e adaptação feita pelo Instituto Educadigital (organização sem fins lucrativos, referência mundial em projetos inovadores de uso pedagógico de tecnologias digitais) da obra “Design Thinking for Educators”, da empresa norte-americana de consultoria IDEO, que desenvolve inovações com base no pensamento de um designer. 

Nele, o Instituto Educadigital apresenta cinco fases para a utilização do design thinking dentro do contexto educacional. São elas: a descoberta, a interpretação, a ideação, a experimentação e a evolução.

As fases para a utilização do design thinking dentro do contexto educacional

A descoberta é a primeira fase descrita pelo Instituto Educadigital para a utilização do design thinking na escola. Esse é o estágio da observação e coleta de dados, de conhecer o problema, o grupo e o contexto a ser trabalhado. É onde os professores podem formar uma base sólida e rica de informações para compor ideias, determinar a compreensão dos objetivos de ensino, bem como o levantamento de conteúdos já presentes e suficientes para que o grupo seja capaz de alcançar os objetivos traçados —é através dos dados coletados que surgem inspirações para a criação.

A segunda fase é a da interpretação. De acordo com o manual do Educadigital, ela é quem transforma as histórias em insights valiosos, servindo para encontrar significados para as inspirações vindas da etapa anterior, bem como transformar isso em oportunidades de ação. Trata-se da busca pelo ponto de vista convincente e pela direção clara para a próxima fase — a de ideação.

A fase de ideação é a etapa de geração de várias ideias. De encorajar os estudantes a pensar de maneira expansiva, sem medo ou limitações. “Muitas vezes, as ideias mais ousadas são as que desencadeiam pensamentos visionários”, ressaltou o manual “Design thinking para educadores”. Contudo, a obra também alertou que é necessário que haja uma preparação cuidadosa e um conjunto de regras claras para que essa etapa tenha sucesso.

A quarta fase, a da experimentação, é, finalmente, o momento de se construir os protótipos. “Construir protótipos significa tornar as ideias tangíveis, aprender enquanto as constrói e dividi-las com outras pessoas”, enfatizou o Instituto Educadigital. Nessa etapa, chega-se à construção do aprendizado por meio da experiência.

Por fim, a quinta fase descrita no manual do Educadigital para a utilização do design thinking na escola é a evolução. Trata-se do desenvolvimento, no tempo, do conceito construído. Essa etapa refere-se ao planejamento dos próximos passos, ao ato de comunicar a ideia às pessoas aptas a colaborar com ela e ajudar a realizá-la, também a documentar todo o processo e a acompanhar o progressos e os resultados obtidos.

Conforme as etapas forem sendo desenvolvidas, tanto o professor quanto os estudantes podem sugerir formas de organização da ideias. Formatar listas, usar post-its, fotos, desenhos e, até, usar aplicativos para celular ou tablets estão entre as diversas  possibilidades nesse sentido. 

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