Como lidar com aluno ansioso
Crianças que sofrem de ansiedade geralmente não costumam ser vistas como um problema na escola. Para o psicólogo americano Phillip Kendall, pais e professores devem prestar atenção aos sinais de altos níveis de ansiedade para evitar depressão e transtornos psicológicos na vida adulta.
Para o especialista, saber identificar um estudante ansioso requer muita atenção, porque o aluno moderadamente ansioso costuma ser bom aluno: tira notas boas, são motivados e obedientes.
Uma forma de identificar um caso de ansiedade extrema é estar atento ao que a criança evita, como por exemplo quando o medo se torna uma justificativa para não realizar alguma atividade.
Para se relacionar melhor com estes alunos, um bom caminho é oferecer-lhes oportunidades de serem mais corajoso. O processo é gradual, com pequenos passos para agir com mais coragem.
Se a criança sente medo de falar em sala de aula, não a coloque em frente aos seus colegas imediatamente. Dê-lhe uma chance de ficar brevemente em frente à classe ou responder a perguntas simples. Dê a ele oportunidades graduais para enfrentar cada situação com coragem.
Como a ansiedade acontece no cérebro
O Laboratório Europeu de Biologia Molecular descobriu, em uma pesquisa com ratos, que um receptor para o neurotransmissor serotonina e um circuito neural envolvendo o hipocampo têm papéis fundamentais na mediação das respostas de medo em situações ambíguas.
Durante a pesquisa, um camundongo submetido a um estímulo frequente, como um som agudo seguido por um choque elétrico, sentia medo toda vez que ouvia o som, ainda que não levasse um choque em seguida. Mas fora dos laboratórios a situação nem sempre segue esse padrão. Um estímulo pode ou não ser seguido por ameaça, sem uma sequência lógica de causa e efeito.
Os cientistas concluíram que uma parte do hipocampo é necessária para o processamento correto de estímulos ambíguos.
Jogos e dinâmicas como parte do desenvolvimento cognitivo
Já ouviu falar em “playdates”? Nos EUA, é comum pais organizarem brincadeiras para as crianças. São eles quem pensam nas regras e nos horários da “brincadeira”.
As brincadeiras são muito estimulantes para os pequenos, mas devem acontecer livremente, sem a interferência dos adultos. As brincadeiras são saudáveis para o desenvolvimento cognitivo das crianças, pois elas aprendem a se relacionar com o outro.
Quando a brincadeira é muito organizada, um estágio importante do desenvolvimento cognitivo pode ser retirado.
Crianças medrosas e preocupadas, em geral, não se tornam adultos corajosos e bem sucedidos. Atente-se ao seu aluno, proporcione um ambiente agradável não só para os estudos, mas também para os momentos de brincadeira da turma.
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E o professor ansioso, como proceder?