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Brinquedos pedagógicos

15 de julho de 2014 //

Por Dra. Lilia Maíse

Jogos e brincadeiras, considerados atividades lúdicas, são tema de grande interesse entre os estudiosos do desenvolvimento infantil, e aos poucos vêm sendo explorados no âmbito escolar como excelentes ferramentas facilitadoras do processo de aprendizagem.

Várias são as razões pelas quais uma criança brinca, de acordo com explicações psicológicas de vários autores. Assim, uma criança pode brincar para descarregar emoções, para gastar energia, para aperfeiçoar competências orientadas à vida adulta, ou ainda para apropriar-se da realidade. Porém, independentemente dos motivos que levam uma criança a brincar, esta atividade é considerada como a melhor forma de observar a criança em sua maneira autêntica de vivenciar as experiências referentes a enfrentamento social e a resolução de problemas.

Confusões podem ocorrer com o uso dos termos jogos, brinquedos e brincadeiras. É comum o uso das palavras jogo e brinquedo para designarem tanto um objeto quanto uma ação. Alguns autores esclarecem que brinquedo implica prática individual em que não há disputa, competição; num jogo, a prática é coletiva e pode haver disputa, desde que ele não seja cooperativo; e uma brincadeira é também uma atividade coletiva, com regras, mas de caráter mais livre do que o jogo.

As consequências ou os ganhos desse brincar, na vida das crianças, podem ocorrer em várias áreas do seu desenvolvimento, permitindo e oportunizando: o desenvolvimento físico, a interação social, a expressão afetiva, o desenvolvimento cognitivo, o uso ampliado da linguagem, a compreensão das regras sociais e a imersão no universo cultural. Assim, é possível pensar, como finalidade psicológica das atividades lúdicas, a construção da própria identidade; e como finalidade antropológica, o conhecimento, a apropriação e a transformação da própria cultura.

Mais especificamente na escola os jogos vêm, cada vez mais, sendo usados enquanto técnicas educativas, apesar de terem sido considerados “não sérios” para uso no meio escolar, há algum tempo atrás. Hoje, eles assumem o papel de tornar a aprendizagem mais significativa e dinâmica, tendo como objetivo ensinar por meio da diversão e da interação com o outro.

Considera-se um jogo educativo aquele que tem função pedagógica, desde que contemple o estágio de desenvolvimento, o interesse e o prazer da criança em realizar aquela atividade. Não se pode perder o valor lúdico de um jogo mesmo que ele esteja inserido num contexto em que o objetivo seja educacional. Essa atmosfera lúdica, aliás, deve envolver aluno e professor para que o jogo cumpra sua função de ensinar por meio da diversão. O respeito à experimentação, à descoberta e à criatividade faz-se necessário quando se usa pedagogicamente o jogo, a fim de que as áreas motora, emocional e cognitiva da criança se integrem no momento em que ela aprende brincando.

Quando bem explorado, o jogo gera conflito cognitivo, o que provoca o raciocínio para a busca de soluções. O raciocínio é uma capacidade mental que implica coordenação das ideias, uma em função da outra, havendo lógica entre elas. É a função cognitiva mais importante no jogo, pois permite a construção de procedimentos adequados à solução dos problemas que aparecem.

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É possível ainda considerar o uso do jogo como fundamental no âmbito escolar quando trabalha-se com grupos. Os jogos em grupo encorajam o desenvolvimento da autonomia intelectual e da habilidade social das crianças. Como aspectos igualmente importantes e complementares, pode-se dizer que os jogos em grupo incentivam o pensamento crítico saudável, o comportamento cooperativo, a autoconfiança, a expressão de sentimentos e de ideias, a iniciativa e o questionamento. Permitem que a criança busque compreender outros pontos de vista, coordenando ou administrando essas diferenças individuais no modo de pensar.

Todo professor deve refletir sobre a importância dos jogos no desenvolvimento infantil e fazer uma autoanálise para checar se tem perfil lúdico que lhe permita incorporar os jogos em suas aulas, como um recurso pedagógico efetivo. Assumindo o papel de um bom mediador, o professor saberá fazer de uma atividade lúdica um excelente instrumento de aprendizagem para seus alunos.

  1. youwu666 disse:

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