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Especialista fala sobre mediação da aprendizagem

28 de julho de 2016 //

Em entrevista ao SUPERA, o psicólogo, escritor e mestre em educação Marcos Meier, fala sobre o educador mediador e autonomia no processo de aprendizagem.

Ele reforça a interação entre aluno e professor para o desenvolvimento da inteligência do estudante.

 

O que é mediação no processo de aprendizagem?

É uma interação professor-aluno muito especial, a ponto de desenvolver o cérebro do aluno! Antigamente o foco era simplesmente na aprendizagem de conteúdo, mas hoje deve ser diferente, pois os conteúdos estarão cada vez mais à disposição dos alunos. O foco atual deve ser no desenvolvimento da autonomia e da inteligência do estudante.

 

Qual é a importância do mediador para nosso aprendizado?

A falta de um mediador pode provocar a estagnação do desenvolvimento da inteligência. Prova disso são as “crianças lobo” que sobreviveram sozinhas na floresta. Ao serem resgatadas, pouco conseguiram se desenvolver ou aprender. O motivo é que não tiveram um mediador consciente de suas funções.

 

Você pode citar 3 elementos fundamentais para uma boa mediação?

Os três mais importantes são os que o próprio Feuerstein, autor da teoria da mediação, defende: Intencionalidade e reciprocidade, que é uma coisa só: o professor quer ensinar e conquista a vontade de aprender do aluno. A segunda é a transcendência, ou seja, aquilo que o aluno aprende em uma situação, consegue aplicar em qualquer outra. E a terceira é a mediação do significado, em que o professor ajuda o aluno a interligar as informações construídas.

Um professor com essas características, já é um mediador. E se ele articular as outras 9 em sua forma de lecionar, será um mediador excelente.

 

Qualquer pessoa pode ser mediadora em um processo de aprendizagem? Professor, pai, monitor…?

Sim! Qualquer pessoa. Incluindo as crianças que podem sim mediar o conhecimento a outras ou até a nós adultos. Mediador é aquele que interage de tal forma que faz a aprendizagem se tornar real, constante e autogeradora de novas.

 

Autodidatas não têm mediadores? Pode dar 3 dicas para as pessoas que querem aprender sozinhas?

Um autodidata já teve tão bons mediadores que agora ele pode aprender sozinho. Quanto mais autodidata é alguém, melhor será seu desenvolvimento, pois sabe aprender sozinho e, portanto, desenvolver-se continuamente. A melhor forma de se tornar autodidata é escolher uma área da qual se gosta muito e ler, estudar a respeito. Ser autodidata em áreas de que não se gosta é mais difícil, apesar de não ser impossível.

Infelizmente, a maioria das escolas não incentiva o autodidatismo, como se tivessem medo de alunos que sabem mais que os professores. Pelo contrário, alunos que aprendem sozinhos podem aprofundar seu conhecimento com os professores, mesmo que seja ensinando-os a respeito do que estão aprendendo, já que ensinar aprofunda o conhecimento.

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A função principal do mediador é tornar-se cada vez menos necessário, ou seja, fazer com que o aluno possa caminhar sozinho.

 

Qual o papel do mediador no desenvolvimento de habilidades cognitivas em adultos?

Praticamente fundamental. O mediador, pela sua forma de agir, acaba provocando, incentivando e motivando seus alunos a serem mais autônomos, o que desenvolve as funções cognitivas. A boa notícia é que novas conexões cerebrais podem se formar até o fim da vida, ou seja, nós adultos podemos continuar nosso desenvolvimento, desde que, logicamente, sejamos autônomos na aprendizagem de múltiplas áreas.

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