Como lidar com o TDAH

 

Você com certeza já ouviu falar em hiperatividade, dificuldade de concentração e distúrbios de aprendizado, pensando que tudo isso se enquadra no que muitos chamam de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Mas não necessariamente uma coisa está relacionada à outra e é preciso ter muito cuidado para diagnosticar o problema. Entender a questão é o primeiro passo para lidar com ela.

 

O TDAH é estudado há décadas, mas até hoje não existe uma forma comprovada de diagnóstico. Ele pode se manifestar em crianças, adolescentes e adultos, com sintomas distintos em cada faixa etária. Em crianças, está mais ligado à hiperatividade. Nos adultos, a principal queixa está relacionada à dificuldade de concentração.

 

Embora, durante muito tempo, o TDAH tenha sido denominado um distúrbio, hoje é considerado por estudiosos uma instabilidade neuroquímica, ou seja, a ocorrência de níveis inadequados de substâncias químicas no cérebro. Este transtorno pode trazer problemas pessoais, familiares e sociais. E, em alguns casos, pode interferir no aprendizado.

 

“Para diagnosticar um indivíduo com TDAH, é preciso fazer exames de imagem e consultar mais de um especialista. Os profissionais devem ouvir os familiares e também observar o comportamento da criança”, afirma a psicopedagoga Lília Maise.

 

Segundo ela, o paciente com TDAH pode ter um desempenho acadêmico normal, se for acompanhado por especialistas e estiver em tratamento. Hoje em dia, existem muitos recursos para pessoas com dificuldades de atenção.

 

Entre eles, podem ser citados a psicopedagogia, no caso de crianças com comprometimento escolar; a reabilitação neuropsicológica, quando há problemas em funções psíquicas; e as farmacoterapias, que se utilizam de medicações psicoestimulantes com eficácia comprovada para reduzir o grau de hiperatividade e melhorar a capacidade de manter a atenção por mais tempo e determinadas. Estes e outros tratamentos são possíveis