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Como trabalhar a memória em crianças

15 de setembro de 2014 //

 

Assunto muito estudado pela ciência, a memória é uma faculdade importante do ser humano e tem papel determinante no processo de aprendizado. Além disso, o fato de memorizar, seja um passado recente ou distante, permite que nos adaptemos ao presente para lidar com as demandas do cotidiano.

 

Embora seja uma função cognitiva complexa, a memória já aparece na primeira infância. É graças a ela, por exemplo, que os bebês reconhecem as faces e ambientes familiares.

 

Na fase escolar, a memória começa a ganhar corpo e passa a desempenhar seu papel na aquisição do conhecimento. No entanto, é importante saber trabalhar com a capacidade mnemônica ainda restrita em crianças.

 

“As crianças ainda não possuem boa memória curta, então é por isso que quando vamos falar com crianças temos que usar frases curtas, contar histórias curtas. Não adianta se estender porque no final da fala eles já não lembram mais o que foi dito no início”, afirmou Dra Carla Tieppo, consultora da rede SUPERA Ginástica para o Cérebro.

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Memória curta é a que utilizamos para compreender o que as pessoas falam, ou seja, para interpretar uma mensagem. Para entender uma frase completa, precisamos lembrar o que foi dito no início da frase.

 

Existem alguns fatores que podem contribuir para desenvolver a capacidade de memória em crianças. Estudos com crianças indicam que o desenvolvimento da linguagem no período da pré-escola é fundamental para processos mais elaborados da memória.

 

Além disso, processos de plasticidade cerebral, responsáveis pelo fortalecimento de circuitos neurais, permitem que diversos componentes e sistemas mnemônicos possam atingir melhor desempenho conforme a criança vai se desenvolvendo.

 

Outro aspecto muito importante no desenvolvimento da memória é a comunicação entre mães e seus filhos. Essa interação, por meio da fala, possibilita uma organização do relato da criança.

 

Em um estudo sobre desenvolvimento desse tipo de memória ao longo das idades, verificou-se que os subsistemas vão se aprimorando a partir dos 4 anos até a adolescência, e que aos 6 anos eles já estão organizados da maneira que funcionarão na fase adulta.

 

 

De acordo com estudiosos, prejuízos na memória de trabalho podem levar a dificuldades de aprendizagem, fato que não depende da inteligência, ou seja, a inteligência não é um fator crucial no bom desempenho da memória de trabalho.

 

Deficiências na aprendizagem de matemática também parecem ser uma consequência de um prejuízo no funcionamento da memória de trabalho em crianças. Diferentes componentes da memória de trabalho desempenham papel fundamental para a resolução de problemas aritméticos.

 

Finalmente, existem várias evidências da importante relação entre o sono e a memória de trabalho bem como outras funções cognitivas. Por exemplo, problemas de respiração durante o sono, como o ronco, podem prejudicar o desenvolvimento cognitivo. Dessa forma, os pais devem observar o sono dos filhos. Isso pode oferecer informações preciosas em situações clínicas em que a criança apresenta problemas no desenvolvimento cognitivo.

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Este conhecimento advindo dos estudos da neurociência também reforçam a ideia de que, com crianças, é melhor ser conciso e ensinar com exemplos práticos. As crianças percebem e entendem muito mais o que os adultos fazem do que aquilo que os adultos dizem.

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