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O bullying no cérebro

26 de janeiro de 2015 //

O bullying, termo em inglês para intimidação física e psicológica, cresce em proporções cada vez maiores, principalmente, dentro das escolas. Uma das consequências comuns dessa violência é psicológica e, para a ciência, o trauma também pode alterar a composição química do cérebro.

Uma pesquisa realizada na universidade americana de Rockfeller constatou que a tensão causada por estes episódios de violência afeta áreas relacionadas à ansiedade e à socialização.

Para um dos cientistas participantes do estudo, Yoav Litvin, o estresse crônico prejudica o sistema neuroendócrino e aumenta a sensibilidade à vasopressina, hormônio que é fundamental para a adaptação dos mamíferos em meios sociais.

Mudanças nos componentes desses sistemas implicam em desordens como fobias sociais, depressão, esquizofrenia e autismo, afirmam os pesquisadores. Assim, as descobertas do estudo podem contribuir para o desenvolvimento da ansiedade social de nível molecular a longo prazo.

Para chegar a essa conclusão, o grupo de pesquisadores submeteu camundongos a uma situação de estresse semelhante à pressão sofrida por alunos perseguidos por colegas. A equipe simulou um pátio escolar e um dos ratos foi colocado em uma jaula com diversos ratos maiores e mais velhos, que eram substituídos a cada dez dias.

Como os ratos são animais territoriais, cada nova chegada causava uma briga, que era sempre perdida pelo novo ocupante da jaula. Após o desentendimento, os animais eram separados por uma grade, mas mesmo assim podiam ver, ouvir e sentir o cheiro do outro, gerando uma situação de estresse.

Após a análise do meio do córtex pré-frontal, que está associada ao comportamento social e emocional, as reações indicaram medo, ansiedade e constatou-se o aumento dos receptores de vasopressina, tornando estes animais mais sensíveis e este hormônio.

O próximo passo é descobrir por quanto tempo duram os efeitos do bullying no cérebro. Por enquanto, sabe-se que as vítimas têm dificuldades de formar novos relacionamentos, pois esses traumas psicológicos podem continuar afetando por toda a vida.

Bullying nas escolas

No Brasil, este ato é um dos vilões da adolescência e envolve cerca de 30% dos estudantes, ou seja, um em cada cinco jovens na faixa dos 13 aos 15 anos pratica bullying contra colegas, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes a uma pesquisa realizada em 2013 com mais de 109 mil alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.

As consequências a longo prazo do bullying deixam claro que a prevenção é importante. A difícil tarefa de intervir no momento certo recai sobre professores e pais, que podem não estar preparados para agir de forma apropriada.

Os professores podem dar exemplo através de seu próprio comportamento. Estudantes mais fracos não devem ser criticados em sala de aula. Se um professor deixa claro que todos são tratados da mesma forma, os alunos vêm nisso um sinal para não excluir outros do grupo.

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O ambiente em sala de aula é, em grande parte, responsável por propiciar oportunidades para a qualidade do aprendizado, construção do conhecimento e, consequentemente, o desenvolvimento cognitivo do aluno, pois é na escola que ele tem a certeza de que naquele ambiente ele encontrará respostas para muitas perguntas e de maneira prazerosa, pois talvez, seja o lugar mais acolhedor que a criança conheça.

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