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Volta às aulas: 3 dicas para o nivelamento de aprendizagem

16 de novembro de 2021 //

A volta às aulas sempre é desafiadora, mas diante do atual contexto tanto educadores quanto alunos precisarão de ferramentas e estratégias para fazer desse momento bastante positivo.

Mesmo quando juntas, as crianças são muito diferentes entre si, suas habilidades, preferências e dificuldades podem ser muito diferentes, não é difícil de compreender isso já que temos plena consciência que cada um tem suas próprias experiências, foram estimulados para certas coisas de maneiras muito distintas e pertencem a famílias cujos costumes são também diferentes.

Mesmo diante de todas essas diferenças, educadores encontram em sala de aula um ponto em comum para que o aprendizado seja incorporado da melhor maneira possível.

Mas esse ponto em comum sofreu algumas interferências geradas pela pandemia, de forma mais específica, pela dinâmica das aulas online, na qual cada aluno teve uma experiência distinta do colega frente às telas.

E agora que retornam à modalidade presencial, alguns alunos apresentam um nível de desempenho desigual entre os demais.

Por isso, no artigo de hoje vamos dar algumas dicas para nivelar o aprendizado entre os alunos e implementar um sistema mais equitativo em relação ao aprendizado.

Neste artigo você verá: 3 dicas para nivelar o aprendizado no retorno às aulas presenciais

  • Como a pandemia afetou os alunos?;
  • Compreender o novo perfil de aluno;
  • Selecionar os temas mais relevantes;
  • Avaliar e supervisionar.

Como a pandemia afetou os alunos?

Mais de 190 países tiveram suas salas de aula fechadas durante a pandemia, afetando em torno de 1,6 bilhões de crianças ao redor do mundo, segundo dados de 2020 da UNESCO.

O fato de terem suas rotinas e convívio com colegas comprometidos fez com que muitas crianças tivessem um declínio de suas capacidades cognitivas e emocionais, sobretudo na primeira infância, um período extremamente relevante para o desenvolvimento de competências  socioemocionais importantes para toda a vida e que certamente não foram contempladas e desenvolvidas da maneira com a qual os professores planejaram. 

O confinamento manifestou situações de ansiedade não só para os adultos mas também às crianças, por isso esse momento de volta às aulas presenciais requer muito cuidado.

Muitas ficaram aos cuidados de outras pessoas e a dificuldade encontrada por muitos pais em acompanhar as aulas de seus filhos também os fez lidar com isso de maneira bem diferente do habitual.

Esse foi também um período em que as diferenças socioeconômicas foram expostas, tornando o nível de aprendizado que já era diferente antes da pandemia, ainda mais desigual.

O estudo realizado pela IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostrou que seis milhões de estudantes brasileiros, da pré-escola à pós-graduação, não dispõem de acesso domiciliar à internet em banda larga ou em rede móvel 3G/4G para acompanhar aulas e demais atividades online.

Essa pesquisa também demonstrou que muitos alunos não tinham dispositivos de celular ou computadores para acessar as plataformas de aula, sendo essa uma das causas do nível distinto encontrado entre os alunos.

Compreender o novo perfil de aluno

A volta às aulas foi, sem dúvida, o momento mais aguardado por nossos pequenos.

A possibilidade de reencontrar os professores e amigos, brincar ao ar livre (mesmo que com restrições) fez com que parecesse o primeiro dia de aula para aqueles que ficaram tão longe das salas.

Embora esse retorno à modalidade presencial tenha facilitado as práticas de ensino, tanto os alunos quanto professores foram transformados pela dinâmica online a qual ficaram sujeitos por tanto tempo.

Para os alunos, essas transformações interferem, entre outras coisas, na capacidade de concentração e foco, algo que já existia antes da pandemia, mas que foi também acentuado por essa.

Segundo um levantamento feito pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI) demonstrou que uma das consequências do distanciamento social foi a acentuação de certas dificuldades funcionais e comportamentais.

No relatório em questão foram coletados dados de pais e responsáveis de Shaanxi, na China, de mais de 320 crianças e adolescentes. Mais de 35% das crianças demonstraram dependência excessiva dos pais, 32% apresentaram falta de atenção e 13% mostraram comportamentos de agitação e inquietação.

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E é claro que tudo isso chega com cada um dos alunos à sala de aula, por essa razão é fundamental que a escola, de maneira geral, esteja preparada para receber esse perfil de aluno afetado pela pandemia.

Para isso é necessário investir em preparo adequado aos nossos profissionais de educação para que mobilizem as ferramentas adequadas para lidar com os problemas de desatenção, concentração e foco. e investir em ferramentas

Uma outra mudança observada nos alunos é com relação à sua autonomia. Sabemos que muitos responsáveis não dispuseram de tempo suficiente para acompanhar seus filhos durante as aulas e execução de algumas atividades.

Como em diversas situações da vida, isso apresentou tanto pontos positivos quanto negativos.

Se por um lado os alunos encontraram dificuldades em resolver determinadas tarefas cuja orientação de alguém facilitaria sua execução, por outro acabaram por familiarizar-se ainda mais com as plataformas de aula, clicando em links para vídeos instrutivos e jogos educacionais, uma saída bem utilizada por muitas instituições.

Separar os principais temas tratados

A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) é um documento que apresenta as diretrizes que regem o aprendizado e seleciona as habilidades essenciais a todos os alunos, além de melhor orientar os professores na preparação de suas atividades.

Estima-se que ela seja a principal fonte de orientação de 90% dos professores… No entanto, alguns conteúdos e habilidades previstos no documento não puderam ser contemplados ou desenvolvidos da maneira com a qual foram planejados.

A solução encontrada por muitas escolas e o que tem sido defendido por alguns educadores como a melhor opção é priorizar algumas habilidades e competências essenciais contidas na BNCC para que os alunos possam chegar mais bem preparados no ano seguinte. Isso deve ser feito a partir de uma conversa estabelecida entre educadores e gestores a fim de definirem os temas mais importantes para o desenvolvimento das crianças de cada ano a curto e médio prazo.

Supervisionar e avaliar

A supervisão e avaliação são também recursos essenciais para combater o desempenho desigual que a pandemia acentuou entre os alunos.

As avaliações possuem um papel muito mais amplo que anota, elas subsidiam e orientam as práticas pedagógicas de todos os professores e apresenta o nível de entendimento dos alunos acerca de determinado tema, evidenciando os desafios e dificuldades de cada um ao incorporar determinado assunto, para que com isso os educadores sigam ou alterem as formas de execução desse aprendizado.

Em entrevista ao Conexia, um canal do Youtube que semanalmente reúne especialistas em educação, a professora Maria Helena Guimarães ressalta a importância do processo de avaliação dos alunos especial principalmente para:

  • Os alunos que estão iniciando ou em processo de alfabetização, cuja mediação de pais, educadores e responsáveis é essencial para garantir o bom letramento, que fundamenta não só às disciplinas voltadas ao português, como a interpretação de leitura das demais disciplinas e que quando mal orientado pode comprometer o bom aprendizado de todas as áreas do conhecimento. 
  • Alunos em transição do 5º para o 6º ano, fase em que os alunos lidam com muitas transformações, saem de uma escola de pequeno porte, com poucos professores e vão para instituições maiores e com um professor para cada matéria.
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