Como trabalhar o feedback no processo de aprendizagem

No campo da educação e do ensino são muitas as técnicas e ferramentas que podem ser usadas com o objetivo de aprimorar o processo de aprendizagem. Dentre alguns exemplos, nesse sentido, estão:

• O uso de jogos e brincadeiras na construção do conhecimento;
• A inserção da inovação e da tecnologia em sala de aula;
• O uso da natureza no ensino e, até mesmo, de práticas como a yoga na escola; 
• A humanização nas escolas;
•  A educação integral dos alunos; 
• A mediação da aprendizagem. 

Todavia, outro ponto fundamental, aqui, é o que se chama de feedback — que, certamente, você já ouviu falar. Mas, você sabe, de fato, como usar essa ferramenta a favor do processo de aprendizagem dos seus alunos? Esse é o assunto do nosso post de hoje.

Saiba mais a seguir!

Como usar o feedback no processo de aprendizagem dos alunos

Os feedbacks — que são uma espécie de avaliação, de retorno (nesse caso, a respeito do andamento do processo de aprendizagem e da sua eficácia) — tratam-se de uma via de mão dupla. Ou seja: devem ser um processo de troca constante entre professores e estudantes. E, nesse sentido, eles atuam com dois objetivos principais: 

1) Identificar e resolver problemas

Aqui, trata-se basicamente de saber ouvir. Uma escola que escuta os seus alunos consegue identificar, muito mais rapidamente, o que está dando certo e o que está dando errado em termos de metodologia de ensino.

É fundamental tanto avaliar as críticas e sugestões dos discentes de uma forma geral, quanto prestar atenção nos problemas individuais de cada um. Desta forma, é possível trabalhá-las e consertar possíveis falhas, aprimorando todo o sistema de educação na instituição.

Lembre-se, entretanto, que nem sempre os feedbacks dos estudantes são claros ou verbalizados. Muitas vezes, é uma questão de percepção e análise por parte do educador — em termos de interesse das crianças e adolescentes em sala de aula, por exemplo; e, ainda, do desempenho delas nas atividades e avaliações.   

2) Motivar 

Os feedbacks são uma ótima ferramenta para motivar os seus alunos no processo de aprendizagem. Isso porque é importante demonstrar reconhecimento pelo esforço dos estudantes.

Também é importante mostrar onde eles estão acertando e, com muita educação e cuidado — sem gerar qualquer tipo de constrangimento ou sentimento de humilhação —  apontar onde eles estão errando e podem melhorar.  Ademais, coloque-se à disposição para ajudá-los no que for preciso.

Com alunos com TDAH: cuidado redobrado

Se na sua escola estudarem alunos que convivam com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o cuidado em termos de feedback no processo de aprendizagem precisa ser redobrado.

Estimular esses estudantes com feedbacks positivos — em forma de elogios, com estrelinhas no caderno ou algum outro tipo de “prêmio”, por exemplo — sempre que desempenharem a tarefa solicitada é essencial para a evolução e desenvolvimento deles em termos educacionais. 

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), é preciso assinalar os pontos positivos e negativos de forma clara, construtiva e respeitosa. “Este monitoramento é importante para o aluno com TDAH, pois permite que ele desenvolva uma percepção do seu próprio desempenho, potencial e capacidade e possa avançar motivado em busca da sua própria superação”, ressaltou a instituição. 

Para saber tudo sobre como ajudar seus alunos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, acesse o conteúdo que preparamos especificamente sobre o assunto!

Com os pais: não pode faltar atenção   

Sim, o feedback a respeito do processo de aprendizagem dos filhos não pode faltar tanto em direção aos pais quanto vindo dos pais em direção aos educadores. Trata-se de outra via de mão dupla. Até porque esse é um processo importante não só para captar, mas, especialmente, para manter os alunos matriculados na instituição.  

Nenhum pai ou mãe quer, de surpresa, saber que o boletim do seu filho está recheado de notas vermelhas. Bem por isso, o desempenho dos estudantes em sala de aula precisa ser frequentemente informado aos responsáveis — que também devem ser incentivados a manterem-se engajados na vida escolar dos filhos. 

Em contrapartida, o feedback dos pais em relação à evolução das crianças e adolescentes é parte essencial no andamento do processo de ensino. Essa é a maneira de a instituição educacional saber se está cumprindo com as expectativas do seu público, se os pais estão satisfeitos com o trabalho que está sendo feito e, principalmente, se está funcionando da melhor forma para os estudantes em termos de aprendizado. 

Assim, também é possível avaliar e aprimorar, constantemente, o processo de aprendizagem e, por consequência, melhorar a experiência e, cada vez mais, o nível de conhecimento e formação dos discentes. 

Dicas sobre como dar feedbacks à comunidade escolar

►Separe um tempo em sala de aula com os alunos (pode ser diário ou semanal) para dar e receber feedbacks. Entretanto, não espere muito para falar de determinada atividade ou assunto, por exemplo —  aproveite enquanto tudo ainda está “quente” na mente de todos; 

►Preste atenção às dificuldades individuais e promova a prática do feedback particular, se for necessário; 

►Seja educado, faça críticas construtivas, mostre-se aberto a elas, justifique bem os seus apontamentos (tanto os positivos quanto os construtivos), seja claro e objetivo — e, sobretudo, seja sincero (mantendo sempre o bom senso e o respeito); 

►Compartilhe as informações com os demais educadores e gestores da escola, bem como com os pais dos alunos;

►Faça reuniões periódicas com a comunidade escolar (educadores, gestores, demais colaboradores e funcionários, além de pais e responsáveis) para debater sobre as informações que foram levantadas — bem como para traçar as melhores formas de corrigir possíveis falhas ou aprimorar as formas de ensino.

Lembrando que, para um processo de aprendizagem eficaz, todo esse acompanhamento precisa ser constante, ou seja, virar rotina dentro da escola!     

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