Déficit de atenção: como ajudar alunos que sofrem com ele
Você possui algum caso de Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) na sua escola?
A desatenção dos alunos em sala de aula não é, exatamente, uma novidade. No entanto, quando existe um deles que costuma ser ainda mais desatento do que, em geral, é o resto da classe, é possível que o problema seja um pouco maior.
O TDA é caracterizado pela constante falta de atenção, pela dificuldade de concentração nas tarefas diárias e por problemas de memória de curto prazo (dentre outros sintomas). Vale lembrar, também, que nem sempre o problema é acompanhado da hiperatividade, como muitos pensam.
Se você notou algum desses aspectos citados acima em algum estudante das suas classes, desconfie. Investigue se esse comportamento acontece em todas as disciplinas, e em outras atividades. Converse com os pais ou responsáveis para saber se isso também acontece em casa, e indique a consulta a um psiquiatra ou psicólogo para fazer o teste completo a respeito do diagnóstico.
O papel da escola na vida do aluno com Déficit de Atenção — O que fazer?
“A solução do problema é bastante complexa, portanto não é responsabilidade do professor ou da escola. É a escola que frequentemente identifica o problema e solicita à família as avaliações e providências necessárias para a confirmação do diagnóstico e tratamento. TDAH [Déficit de Atenção e Hiperatividade] necessita ser atendido por neurologista, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo. Por vezes, é recomendado o uso de medicação. Os pais e a escola precisam trabalhar em conjunto para que o aluno TDAH possa superar suas dificuldades de aprendizagem”, explicou a Psicoterapeuta de crianças e especialista em Psicologia Social, Vânia Melchionna Franke.
Como ajudar, em sala de aula, a criança com Déficit de Atenção?
A criança diagnosticada com TDA exige um atendimento diferenciado dos professores em sala de aula. Ela precisa de “maior flexibilidade, de estímulo constante para vencer dificuldades inerentes à aprendizagem, muita paciência e dedicação“, ressaltou Vânia.
Também é importante dar a esse estudante orientações para que ele possa se organizar melhor — como, por exemplo, colocá-lo sentado em um lugar estratégico da sala, que fique longe de janelas, para evitar dispersão. Além disso, os professores também podem criar um código para chamar a atenção do aluno. “É um sinal entre eles para que o aluno tenha consciência de que não está prestando atenção. O docente pode encostar no ombro da criança ou bater discretamente o lápis na carteira”, explicou a psicóloga Carolina Rodrigues.
A Psicoterapeuta Vânia Franke, por sua vez, ainda salienta outro ponto importante nessa caminhada — o vínculo afetivo.
“No processo de aprendizagem é de fundamental importância o vínculo afetivo que se estabelece entre o aluno e o professor. Freud nos diz que aprendemos não por interesse em saber ou em sermos bem-sucedidos profissionalmente, mas por amor a nossos pais e professores, para que estes nos considerem dignos de estima. Assim, o amor é a ferramenta mais importante para o convívio com uma criança ou adolescente com TDAH. O professor precisa exercitar a paciência, a capacidade de compreensão, achar o equilíbrio entre flexibilidade e firmeza e não desistir de seu aluno TDAH”, acentuou Vânia.
Quanto à adaptação no currículo escolar
Outra questão fundamental no atendimento escolar a estudantes com Déficit de Atenção é a adaptação curricular. “Atividades que sejam prazerosas e de curta duração, diminuição de estímulos simultâneos, jogos pedagógicos que auxiliem na compreensão de regras e que exercitem a aceitação de erros, estímulo à expressão artística (pintura, desenho, música) e à prática de esportes de grupo são estratégias valiosas para facilitar o convívio em sala de aula e o rendimento escolar destes alunos”, pontuou Vânia Franke.
O programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas — Como ele pode contribuir?
O programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas é uma forma de complemento curricular capaz de contribuir para o aprendizado dos alunos que sofrem com Déficit de Atenção.
Um dos diferenciais dessa ferramenta é o material didático exclusivo e a metodologia de ensino. O Supera conta, por exemplo, com apostilas com mais de 60 tipos de jogos, além de usar dinâmicas de grupo, neuróbicas, vídeos motivacionais e o milenar ábaco japonês (soroban) no processo de ensino e aprendizagem.
Vale esclarecer, no entanto, que o programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas não interfere no currículo escolar já existente na instituição de ensino. Como mencionado acima, ele funciona como um complemento no processo de aprendizagem, sendo voltado para o Ensino Infantil, Fundamental e Médio.
Confira a opinião de quem já trabalha com o Supera há algum tempo — como é o caso dos educadores do Colégio Irene Bargieri, assistindo a esse vídeo: SUPERA Neuroeducação | Colégio Irene Bargieri.
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