Conheça os benefícios da Educação Financeira nas escolas
Em geral, hábitos saudáveis adquiridos quando criança são mantidos mais facilmente ao longo da vida. É assim com a leitura, com a prática regular de exercícios físicos, com a alimentação saudável e com diversos outros aspectos do dia a dia.
Não por acaso, alguns desses temas são obrigatórios nos currículos escolares, por meio de disciplinas tradicionais, como Português e a Educação Física, por exemplo. Outros, entretanto, apesar de não possuírem um espaço específico na grade curricular, também fazem parte das diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) — e os gestores e educadores precisam estar atentos nesse sentido.
É justamente isso que acontece com o que se chama de educação financeira nas escolas, um processo pelo qual se aprende a desenvolver uma relação saudável com o dinheiro. De acordo com a BNCC, o tema está entre aqueles que devem ser incorporados aos currículos e às propostas pedagógicas das entidades de educação básica do país, de forma transversal e integradora.
Conforme o documento de caráter normativo do Ministério da Educação, “cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora”.
A nível de informação, além da educação financeira, também estão entre esses temas citados pela BNCC:
- Direitos da criança e do adolescente;
- Educação ambiental;
- Educação alimentar e nutricional;
- Processo de envelhecimento;
- Respeito e valorização do idoso;
- Educação em direitos humanos;
- Educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena;
- Saúde;
- Vida familiar e social;
- Educação para o consumo;
- Trabalho;
- Ciência e tecnologia;
- Diversidade cultural.
“Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habilidades dos componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas especificidades, tratá-las de forma contextualizada”, reforça, ainda, a Base Nacional Comum Curricular.
Benefícios da educação financeira nas escolas
Alguns especialistas no assunto apontam os principais benefícios de se aplicar a educação financeira nas escolas.
Para a psicóloga e escritora Olga Tessari, por exemplo, que possui experiência no tratamento de quem tem dificuldade de lidar com dinheiro, incluir a administração financeira na educação das crianças é uma prática capaz de evitar problemas futuros para elas — como é o caso de compulsões com gastos e aquisição de dívidas desnecessárias.
“Uma das coisas que fazemos como psicólogos é a educação emocional, mas o dinheiro, às vezes, traz muito sofrimento. Então, esse é um assunto com o qual trato bastante com os meus pacientes”, contou ela em reportagem publicada em fevereiro de 2020 pelo Correio Braziliense.
A mesma matéria também apresentou as ponderações da superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil (Aef Brasil), Cláudia Forte. Ela “acredita que a inserção do tema na grade curricular é uma alternativa para a solução de problemas reais do país, como consumismo, falta de poupança e endividamento da população“, escreveu o texto.
Por sua vez, para o educador financeiro Jonatas Bueno, que também falou à reportagem em questão, aplicar a educação financeira nas escolas é uma forma de contribuir com a população brasileira para que ela consiga organizar melhor as finanças. “Lidar bem com o dinheiro é o diferencial para a qualidade de vida. Quando a educação financeira é inserida na infância, ela corrige falhas“, ressaltou ele.
“Acho que a abordagem tem que ser no dia a dia. Muitos professores acham que é só falar de matemática, mas o foco é no comportamento, na postura e na decisão”, alertou, ainda, Jonatas Bueno.
Como aplicar a educação financeira nas escolas
Dentre as alternativas para introduzir a educação financeira nas escolas, estão práticas como:
- A introdução de conhecimentos a respeito de cédula e moedas, bem como de conceitos de “barato” e “caro” — mas com muito cuidado para não criar estereótipos nesse sentido, como o “rico X pobre”, por exemplo;
- O trabalho com atividades que simulem situações de compra e venda;
- A diferenciação entre preço e valor;
- A conscientização a respeito da importância de planejar e ter controle sobre os gastos para conseguir realizar os sonhos;
- A conscientização de que dinheiro “não cai do céu”;
- A introdução de conceitos de empreendedorismo — incluindo operações como levantamento de custos e balanço financeiro;
- O uso de materiais e atividades capazes despertar estímulos empreendedores nos alunos e contribuir para a autonomia deles;
- A utilização de livros e jogos sobre educação financeira — e, até, de filmes que abordem o assunto, mesmo que de maneira não tão aprofundada;
- A aproximação dos estudantes com especialistas da área, por meio de palestras e demais eventos envolvendo o tema;
- O envolvimento dos pais dos estudantes no processo — por meio de tarefas casa e eventos da escola que tiverem relação com o assunto.
Vale salientar, entretanto, que, para que a educação financeira nas escolas seja o mais promissora possível, os estudantes precisam estar com as suas habilidades cognitivas bem “afiadas” — algumas cruciais nesse caso são a atenção, o foco e o raciocínio lógico.
Além disso, se as crianças e adolescentes estiverem bem familiarizados com os números e as operações matemáticas, a educação financeira nas salas de aulas se torna um processo mais simples, agradável e eficaz. E é para isso que existem ferramentas como programa SUPERA Neuroeducação para Escolas.
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O SUPERA é voltado, justamente, para a estimulação cognitiva — fazendo uso de métodos exclusivos de ginástica cerebral baseados em jogos pedagógicos, no milenar ábaco japonês (soroban) e em diversos exercícios cognitivos. Com ele, dezenas de escolas pelo país têm tornado o processo de aprendizagem muito mais simples e prazeroso, inclusive no que diz respeito à relação dos alunos com os números.
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