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Aprendizagem na adolescência: como trabalhá-la em sua escola

9 de abril de 2020 //

A adolescência é um período da vida que acontece entre a infância e a fase adulta (mais ou menos entre os 10 e 19 anos), bem por isso, trata-se de etapa de muita transformação — do corpo, com a atuação dos hormônios; das competências cognitivas, sociais e emocionais; das responsabilidades; e da rotina, de forma geral. Pode ser um ciclo difícil, e até bastante marcado pela rebeldia.

Tudo isso se reflete, inclusive, em sala de aula, tornando o processo de ensino-aprendizagem na adolescência um desafio para os educadores — mas que pode ser enfrentado!   

Processo educativo na adolescência: o que é preciso saber

De acordo com esse artigo publicado em 2017 na Revista Psicopedagogia, da Associação Brasileira de Psicopedagogia, o processo educativo, quando para adolescentes, apresenta implicações diferentes daquelas para as crianças nos primeiros anos de escolarização formal.

“É na adolescência que os sujeitos estão em pleno estágio das Operações Formais, lidando com a inteligência hipotético-dedutiva, apresentando maior capacidade de abstrações, predições, fazendo relações entre o possível e o real, realizando operações mentais cada vez mais complexas”, ressalta o texto. A publicação explica que também é característica importante dessa faixa etária o amadurecimento de funções cognitivas — como é o caso da flexibilidade do pensamento, do planejamento, da atenção e da memória. 

O artigo da Revista Psicopedagogia ainda chama a atenção para outro ponto significativo da adolescência: a modificação da rotina escolar.

“Diferentemente dos primeiros anos de escolarização, nos quais [as crianças] têm uma professora como referência ao longo do ano letivo, com quem podem criar vínculos que costumam facilitar a aprendizagem, [na adolescência] passam a ter professores especializados para cada uma das áreas do conhecimento”, contextualiza o texto — que também aponta como consequências desse fenômeno a perda, por parte dos adolescentes, da sua referência de ensino; e a necessidade de, então, desenvolver formas mais autônomas de gerenciar seu aprendizado, visto que “o espaço para tirar suas dúvidas com os professores se apresenta bastante reduzido”.

Para os educadores, por sua vez, torna-se um desafio aplicar mecanismos eficientes de ensino nessa fase — mecanismo esses capazes de prender a atenção de quem está passando por tantas mudanças e de combater a indisciplina e a evasão escolar, um dos problemas mais recorrentes dentro das escolas brasileiras.  

Mas, então, o que fazer para contribuir com o processo de ensino-aprendizagem na adolescência?

Dentro das revoluções, tanto físicas quanto emocionais, pelas quais passa um adolescente, são percebidas algumas particularidades e sentimentos que geram angústia — segundo a pedagoga e psicopedagoga Sylvia Camargo:

  • Onipotência pubertária;
  • Necessidade de buscar o novo;
  • Dificuldade de administrar esperas;
  • Suscetibilidade a pressões grupais e à moda;
  • Dependência econômica;
  • Medo de se expor;
  • Insegurança; 
  • Elaboração fantasiosa das primeiras atividades sexuais. 

Sylvia Camargo reforça que educar adolescentes não é tarefa fácil, mas é possível. E o sucesso da aprendizagem na adolescência acontece, justamente, quando a escola assume como responsabilidade acolher esses jovens e “focalizar no diálogo (entendimento) as estratégias de ajudar os adolescentes para que possam lidar com suas questões”.

“Por ser a escola uma instituição marcante para o adolescente, é necessário que ela proponha diálogos criando condições para que os conteúdos escolares sejam os mais próximos da vida do adolescente! É um desafio e tanto! Criar condições para que o conteúdo específico ocorra como um processo dinâmico e de qualidade não é uma tarefa fácil, mas não é impossível!”, escreveu a psicopedagoga nesse artigo sobre aprendizagem na adolescência, publicado em 2018.  

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Para Sylvia, é necessário que os educadores conheçam e respeitem as mudanças que ocorrem nesse período entre a infância e a fase adulta para que, assim, consigam ganhar a confiança da turma e aproximar o conteúdo escolar do cotidiano dos jovens. 

“Se os adolescentes admiram e respeitam o professor, ele já tem meio caminho andado para desenvolver os conteúdos curriculares”, pondera Sylvia Camargo. Já, para percorrer a outra metade do caminho, a pedagoga afirma que é preciso ter boas táticas. “Uma das melhores formas de ensinar os jovens é fazer da sala de aula algo bem próximo do mundo deles. Sabemos que o adolescente só retém na memória o que chama sua atenção, que faz sentido para ele”, acentua ela.

Dentro do processo de aprendizagem na adolescência, Sylvia ainda sugere:

  • Agir de forma firme, mas respeitosa;
  • Discutir e estabelecer regras claras — “direitos a partir dos alunos, pois estes acatam mais quando eles ‘elaboram’ os limites de cada um, do professor, enfim, da escola”; 
  • Que “a escola seja parceira do adolescente nesta fase”  — “sendo o professor um intermediário de suas questões, e assim ajudar o adolescente na compreensão desse período onde o conflito entre a razão e o sentimento é sempre presente, refletindo no rendimento escolar”.

A psicopedagoga ainda completa que essa atitude receptiva dos educadores nesse período da adolescência é fundamental, “pois a família e a escola são espaços primordiais no desenvolvimento humano”.

Leia também: “Humanização nas escolas: uma prática que todo educador deve trabalhar“.

Nós, do programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para Escolas, também podemos ajudar!

Quando o assunto é facilitar o processo de ensino-aprendizagem na adolescência, nós do SUPERA podemos contribuir.  Isso porque o SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para Escolas é uma solução pedagógica voltada justamente para o desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais dos estudantes.

A ferramenta ajuda, por exemplo, a desenvolver disciplina, foco, atenção, concentração, autocontrole, criatividade, raciocínio lógico, memória e a capacidade de trabalho em equipe. O programa também contribui para a empatia, inteligência emocional e autoestima. Tudo isso com o auxílio de uma metodologia baseada em jogos pedagógico, exercícios cognitivos e no conhecido ábaco japonês (soroban).

Se você quer para a sua instituição de ensino a ajuda do SUPERA no processo de ensino-aprendizagem na adolescência, entre em contato — sem qualquer compromisso — e fale com um dos nossos especialistas no programa!

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