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Escola 3.0: o que você precisa saber a respeito

15 de agosto de 2019 //

Você já ouviu falar de Educação ou Escola 3.0?

Nos últimos anos — com a evolução das tecnologias, a popularização da internet o acesso mais fácil e prático às maneiras mais eficientes de ensinar — o sistema de educação tem ganhado novos caminhos.

Vamos entender um pouco a respeito desse processo? 

Evolução: Escola 1.0; Escola 2.0; e Escola 3.0 

Atualmente, fala-se muito em Educação ou Escola 3.0; no entanto, é preciso entender os seus dois modelos de ensino antecessores: 

Relembrando a Escola 1.0

O modelo de educação já passou por diversas mudanças. Sabe-se que, na Antiguidade, o processo de ensinar às crianças foi feito pela própria família. A ideia que se pregava era de educar os pequenos para assumir e executar as atividades desempenhadas pelos seus antecedentes. 

Com o tempo, a educação — guiada por um professor (um mestre) — foi ganhando destaque dentro da sociedade; entretanto, era um privilégio de poucos: ela era direcionada apenas para um pequeno grupo de aprendizes ou um único aluno. Estes faziam parte da elite social, da parte nobre da população, ou dos intelectuais e filósofos. 

A educação 1.0, contudo, tratava-se de uma escola simples. Apesar da presença de um professor, seguia-se a tradição de ensinar aos jovens para que eles dessem continuidade às tarefas de seus ancestrais. Em geral, essas atividades eram a agropecuária, a tecelagem, o artesanato e a culinária. 

Relembrando a Escola 2.0

A Escola 2.0, por sua vez, surgiu por conta das novas demandas da sociedade. O pontapé inicial foi a Revolução Industrial, primeira grande transformação do mundo, que aconteceu no final do século XVII. O movimento levou milhares de pessoas do ambiente rural para a cidade, a fim de trabalhar nas fábricas.

Com uma nova realidade, as pessoas precisavam também de novos direcionamentos — visto que o conhecimento da área agrícola e os comportamentos adequados a esse meio já não eram mais necessários para sobreviver no mundo da produção em série. Foi nesse momento que o ensino deixou de ser um privilégio apenas dos nobres e intelectuais e passou a ser universalizado – ou seja, passou a ser direito básico de todo o cidadão. 

O professor passa a ter a missão de ensinar dezenas de alunos, com o foco de prepará-los para o trabalho nas fábricas. Iniciou-se, desta forma, a chamada Escola 2.0.  

Assim como na Escola 1.0, a função dessa nova escola era adequar os jovens educandos ao mercado de trabalho que havia à sua disposição, bem como à realidade vivida pela sociedade da época. Não por acaso, as características desse modelo de ensino também eram observadas na produção industrial: em especial, no que se refereàs tarefas repetitivas e mecânicas e ao trabalho individual (exemplo: em sala de aula, os alunos são dispostos em fileiras, como uma linha de produção).

Conhecendo a Escola 3.0

O que conhecemos como Escola 3.0 é um processo mais recente, proporcionado pela chegada da tecnologia e dos recursos digitais. Essa situaçãopossibilitou a formação de um aluno mais protagonista e autônomo no processo de ensino/aprendizagem.

A seguir, vamos saber mais sobre este modelo.

Educação ou Escola 3.0: características e particularidades do modelo de ensino!  

A Escola 3.0 é marcada pela Revolução Tecnológica, que surgiu no final do século XX. Ferramentas como os computadores (mais tarde, vieram os smartphones e tablets), somadas ao advento da internet, foram uma espécie de “ponto de virada” no processo educacional. Isso porque possibilitaram a construção de um ambiente colaborativo em sala de aula, tirando o foco da individualidade. 

Nesse cenário, os professores deixam de ser protagonistas no processo de ensino/aprendizagem e passam a dividir esse papel com os próprios estudantes. A escola torna-se um lugar de compartilhamento, troca de experiências e trabalho em equipe. O estudante torna-se mais autônomo, capaz de fazer suas próprias pesquisas e  o docente assume a função de orientador na busca pelo conhecimento. 

A origem do termo 

De acordo com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), ainda em 2012, o termo Educação 3.0 foi usado pela primeira vez no ano de 2007, pelo professor Derek Keats — na época, da Universidade de Witwatersrand, de Joanesburgo, África do Sul. No entanto, esse novo caminho para educação foi bastante estudado nos Estados Unidos (EUA).

O artigo da Abmes citou, por exemplo, as colocações do então professor John Moravec, da Universidade de Minnesota, no país americano. De acordo com ele, a Educação 3.0 trata-se do paradigma da educação associado à Sociedade 3.0.

“A sociedade 3.0 é impulsionada pela aceleração das mudanças tecnológicas e sociais, e caracterizada pela presença da globalização, horizontalização do conhecimento e relacionamentos, e uma sociedade orientada pela inovação dos cidadãos”, afirmou Moravec.

Espera-se, dessa sociedade, a capacidade de solucionar problemas inéditos e que saiba fazer isso de forma colaborativa, em equipe — independentemente de faixa etária, estilos e formações culturais diferentes. Espera-se que as pessoas da sociedade 3.0 estejam aptas a usar — da melhor maneira, em prol da resolução desses problemas e com a intenção de atingir um objetivo comum — as informações digitais que chegam até elas; inclusive, em tempo real, por meio de dispositivos móveis de comunicação.

Os seis pilares da Escola 3.0

Para o norte americano Jim G. Lengel, escritor e professor, especialista em Escola 3.0, existem seis pilares que diferenciam uma Escola 3.0 de uma Escola 2.0. Segundo ele, no modelo educacional mais adiantado, os estudantes:  

  1. Trabalham em problemas que valem a pena ser resolvidos — aqueles que afetam a comunidade onde vivem e que ajudam a tornar o mundo melhor;
  2. Trabalham de forma colaborativa com os professores;
  3. Fazem pesquisas autodirecionadas — incitando o protagonismo e a autonomia no processo de aprendizagem;
  4. Aprendem com os professores como contar uma boa história (storytelling);
  5. Aplicam as ferramentas adequadas (em especial, as digitais) para cada tarefa; 
  6. São estimulados a serem curiosos e criativos.

Outra afirmação de Jim Lengel é que a tecnologia digital é uma forma de deixar as salas de aula mais vivas e interessantes para os docentes. “O professor apresenta uma ideia ilustrada por imagens, som, voz e música; os alunos acompanham a aula em seus dispositivos móveis, com links para conteúdos referenciados, estimulando que façam perguntas mais profundas e discutam temas complexos com seus pares. E, após a aula, a aprendizagem contínua: os estudantes pesquisam e criam suas próprias soluções e apresentações, muitas vezes junto a um grupo de estudo virtual.”

O perfil e o papel do professor na Escola 3.0 

Os professores na Escola 3.0 deixam de ser os protagonistas no processo de ensino/aprendizagem, pois não são mais vistos como os únicos detentores do conhecimento.

Bem por isso, é fundamental que os docentes que desejam fazer parte desse movimento sejam capazes de admitir que não possuem todas as respostas. Assim, será possível estabelecer uma parceria com os estudantes, com o objetivo de trocar conhecimento e experiências com eles — claro, sem perder a autoridade e sem ser autoritário.

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Neste modelo de educação, o professor precisa não só saber utilizar as tecnologias, as mídias digitais e sociais, mas saber atuar como mediador na busca dos alunos por conhecimento. Faz parte do processo, por exemplo, orientar os jovens a respeito das melhores maneiras de aprender, indicando fontes de pesquisa e os métodos mais práticos e eficientes de assimilação de conteúdo; assim como tirar dúvidas e incentivar as crianças e adolescentes para formação do pensamento crítico.

Vale salientar que os educadores precisam estar preparados para trabalhar com discentes cada vez mais conectados e, por consequência, informados. Em especial, esses discentes ainda buscam encontrar nas salas de aula não só alguém que possua o conhecimento, mas que também saiba passá-lo com excelência — alguém que seja capaz de facilitar o processo de aprendizado e que consiga direcioná-los para a solução de problemas, sem fórmulas e respostas prontas. Tudo em busca de construir uma sociedade e um mundo mais evoluído em suas diversas áreas.

Para isso, é preciso salientar a necessidade de preparo e capacitação — é o que ressalta o mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), Ton Ferreira. De acordo com Ton, a falta de um treinamento direcionado para os docentes, principalmente sobre o uso das novas tecnologias, gera sérias consequências na evolução do sistema de educação, bem como na evolução da aprendizagem dos alunos. 

“Se não houver uma mudança, no que diz respeito ao preparo desses professores, continuaremos a ver docentes projetando numa lousa digital o mesmo conteúdo que projetariam numa tela branca ou num retroprojetor, por exemplo”, ponderou Ferreira.

Outro aspecto que vale pontuar é que; além do (óbvio) conhecimento específico da disciplina, saber trabalhar em equipe com os estudantes e ter a capacidade de inspirá-los, a Escola 3.0 também cobra dos educadores habilidades como:

  • Uma boa gestão de projetos;
  • Uma boa comunicação; 
  • Um bom relacionamento com toda a comunidade escolar — o que inclui gestores e demais funcionários da instituição de ensino, alunos, pais e familiares de alunos. 

O lugar dos alunos nesse modelo educacional

Um dos principais conceitos da Escola 3.0 é que o aluno participa ativamente do processo de construção do conhecimento. Ele é protagonista, tem autonomia nessa busca. 

Nesse modelo de ensino, o estudante também tem a oportunidade de engajar-se a projetos que mais lhe despertam interesse. Dedicar-se mais àquelas disciplinas que mais lhe chamam a atenção, por exemplo. Trata-se de uma forma de personalização do ensino, capaz de explorar as capacidades particulares das crianças e adolescentes e aprimorar os seus conhecimentos. Além disso, esta é uma forma de tornar o ambiente escolar um local mais interessante para os jovens. 

Vale pontuar, no entanto, a importância de orientar essa autonomia. Os discentes devem aprender a ter responsabilidade nesse processo, a ponto de fazer bom uso da liberdade concedida. Essa, porém, é uma tarefa que precisa ser realizada não só pela escola, mas em conjunto com os pais dos alunos. Nesse sentido, a aproximação da família com a instituição de ensino é essencial e cabe aos gestores e educadores promover esse diálogo, o engajamento e a maior participação dos responsáveis na vida escolar dos estudantes. 

Saiba mais sobre essa aproximação no artigo Como aproximar os pais da escola: três dicas para seguir.

É fundamental que, independentemente da autonomia concedida aos alunos, as alternativas dadas a eles pela instituições de ensino cumpram os padrões e exigências da grade de conteúdos estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC).

Cumpridas essas exigências, os alunos podem ter a oportunidade de decidir quando e como estudar. Eles podem optar, por exemplo, por ler um conteúdo no papel, na tela do computador, de forma online, assistir a um vídeo ou, mesmo, ouvir um áudio a respeito do assunto — claro, desde que todas as alternativas sejam fontes seguras de conhecimento.

Gostou de saber um pouco mais sobre a Escola 3.0? Pois saiba que já se fala em Educação 4.0. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse modelo também?  

Educação 4.0: O que é?

A Educação 4.0 é a evolução da Educação ou Escola 3.0. Ou seja, trata-se de um termo ligado à Revolução Tecnológica, que inclui linguagem computacional e as ferramentas avançadas relacionadas a esse campo — como a Inteligência Artificial (AI) e a Internet das Coisas (IoT). A Educação 4.0  também contempla o que se chama, em inglês, de “learning by doing”, que se refere ao ato de aprender por meio da vivência de experiências e de projetos concretizados — basicamente, aprender fazendo, colocando a mão na massa.

A Educação 4.0 trata-se de uma educação que começa a responder àsnecessidades da chamada “Indústria 4.0”, ou do que chamamos de “Quarta Revolução Industrial”. Presentes nesse cenário estão, justamente, a linguagem computacional, a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas. Novos tipos de robôs e tantas outras novas tecnologias, por exemplo, são as ferramentas usadas para otimizar e dinamizar os mais diversos processos industriais.

Nesse sentido, com os ambientes de produção cada vez mais automatizados, a necessidade do mercado é de que os profissionais envolvidos em processos produtivos tenham não mais o perfil de operadores de máquinas, mas de gerentes delas — atuando em conjunto, de maneira colaborativa.

Desenvolvendo novas habilidades nos alunos

Os estudos a respeito do futuro da educação e do mundo 4.0 não são de hoje. Há cerca de dois anos (2017), por exemplo, o Relatório The New Work Order, apresentado pela Fundação australiana Foundation for Young Australians (FYA), já fazia recomendações a respeito de como preparar os alunos para se adaptarem às transformações digitais e atender esse novo contexto. 

A pesquisa australiana, na época, alertou que mais da metade dos estudantes da Austrália estavam buscando carreiras que se tornariam obsoletas pelos avanços tecnológicos e pela automação. Cerca de 60% dos jovens estavam entrando no mercado de trabalho em empregos que seriam “radicalmente afetados pela automação” — e isso poderia acontecer dentro dos próximos 10 a 15 anos.

Nesse sentido, o relatório fez algumas recomendações referentes ao preparo dado aos estudantes pelas escolas. O The New Work Order sugeriu, por exemplo, que as instituições educacionais dessem mais ênfase nas habilidades digitais e ao empreendedorismo em sala de aula. Recomenda-se que desde os primeiros anos escolares:

  • Ensinem as crianças e adolescentes a usar a empatia com inteligência e a saber lidar com pessoas de forma colaborativa;
  • Desenvolvam competências socioemocionais criativas
  • Estimulem a participação em projetos interdisciplinares, aqueles que usam conhecimentos de disciplinas variada para um objetivo comum.

As discussões acerca da Educação 4.0 ainda têm muito caminho pela frente. Desta forma, cabe aos gestores e demais educadores trabalharem coletivamente na causa. Quanto mais cérebros estiverem focados em desenvolver maneiras para melhorar a qualidade de ensino — baseados nas necessidades que serão exigidas em um futuro próximo — mais chances terão os jovens de se tornarem profissionais úteis e competentes.  E, por consequência, transformarem o mundo em um lugar melhor.    

Vale lembrar, entretanto, que não é só de tecnologia que se faz novos modelos de educação. Para desenvolver as capacidades cognitivas do cérebro, bem como a reflexão e o pensamento crítico, existem diversas ferramentas. Dentre elas, o chamado programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas.

Vamos conhecê-lo? 

O programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas

Boas ferramentas pedagógicas são capazes de auxiliar as instituições de ensino em diversos aspectos referentes à educação — inclusive no que diz respeito à Escola 3.0 e à Educação 4.0. O programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas é um exemplo.

O SUPERA é um programa educacional fundamentado em conhecimentos neurocientíficos sobre como o cérebro amadurece e aprende. A plataforma potencializa a performance do desempenho escolar dos alunos e é capaz de preencher algumas lacunas dos currículos escolares.

Contribui para o desenvolvimento e estímulo do cérebro das crianças e adolescentes, bem como para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, das características socioemocionais dos estudantes e para ampliação da capacidade de pensar, agir e trabalhar em equipe.

O programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas faz uso de uma metodologia baseada em jogos, dinâmicas de grupo, neuróbicas, vídeos motivacionais e o conhecido ábaco japonês (soroban). Ele pode ser encaixado tanto no currículo já existente da instituição de ensino quanto como atividade extracurricular — e funciona como um complemento, um reforço no processo de aprendizagem.

A metodologia e os recursos dessa ferramenta pedagógica contribuem de maneira natural para o desenvolvimento equilibrado das competências essenciais para a formação integral do aluno.

O programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas tem como foco colégios particulares e atende o Ensino Infantil, Fundamental e Médio. Ele trabalha com três conceitos básicos em sala de aula, que são os norteadores da prática de ginástica cerebral: novidade, variedade e desafio crescente.

Confira a opinião de quem já utiliza o SUPERA há algum tempo — como é o caso dos educadores do Colégio Irene Bargieri — assistindo ao vídeo “SUPERA Neuroeducação | Colégio Irene Bargieri“. E, para mais informações sobre essa ferramenta pedagógica, acesse: superaparaescolas.com.br.

Gostou de saber um pouco mais sobre a evolução da educação e sobre a Escola 3.0 e a Educação 4.0? Então, não deixe de acompanhar mais assuntos sobre o processo de ensino/aprendizagem. Vá até a seção “Artigos e Notícias” no site do programa SUPERA NEUROEDUCAÇÃO para escolas e mantenha-se sempre atualizado na área!

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